É o mesmo ar que um dia respirei
Não tenho boas lembranças de tempos atrás
Apenas vultos perambulam na escuridão
Quando desejo respirar
Um ar que seja puro.
Já não posso mais olhar teu lindo rosto
Sinto que nunca jamais eu a verei
Desapareceu naquele triste amanhecer
Que nem mesmo o sol apareceu
E tudo não passava de apenas
Mais uma ilusão perdida no tempo.
Eu posso ser o epílogo de um livro proibido
Escrito por alguém que não sabe ler
Ninguém consegue entender as palavras
Porque ninguém está preparado
Para os desafios de interpretar
Os segredos de um coração ferido.
As fibras da tua pele
São teias que querem me prender
E procuro me libertar o quanto antes
Do labirinto onde acabei sendo jogado
Sem saber se existe ou não
O monstro que irá devorar a minha alma.
Não posso ser vencido
Pelo sentido corrompido pela vaidade do coração
Tem que haver um outro lugar
Uma outra forma de viver essa vida
Que não seja uma presa ao seu olhar
E nem dependente tanto assim do seu sorriso.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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