Cabelos jogados para o alto
Olhares altivos
Debochados até
Sem saber o final da história.
Nas festas suntuosas
Suor, lágrimas e dor
Odor de uma sociedade em combustão
O fim da história
Apocalipse.
Calças sem cintos
Amarradas com cordas
Vestidos colados ao corpo
A alma despida de pudor
O colapso final.
Abre os olhos e não vê
Não sente o crepúsculo
Ouvidos tapados ao clamor
A dor que não sente mais
No apagar das luzes.
Sorria para a selfie
Não precisa pular do penhasco
A queda já aconteceu
Nada mais importa agora
O fim aconteceu.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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