quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Apocalipse

Sorrisos falsos entre gargalhadas 
Cabelos jogados para o alto 
Olhares altivos 
Debochados até 
Sem saber o final da história. 

Nas festas suntuosas 
Suor, lágrimas e dor 
Odor de uma sociedade em combustão 
O fim da história 
Apocalipse. 

Calças sem cintos 
Amarradas com cordas 
Vestidos colados ao corpo 
A alma despida de pudor 
O colapso final. 

Abre os olhos e não vê 
Não sente o crepúsculo 
Ouvidos tapados ao clamor 
A dor que não sente mais 
No apagar das luzes. 

Sorria para a selfie 
Não precisa pular do penhasco 
A queda já aconteceu 
Nada mais importa agora 
O fim aconteceu. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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