Esbarra na sua própria incompetência
De existir no mundo que ele não criou
Mas que insiste em destruir pela ganância
Pela sua ambição desenfreada
Pela violência descontrolada
Pelo desejo único de ser selvagem.
As ruínas da Grécia revelam as tragédias
Nelas descansam as ruínas dos homens
Alguns orbitando vazios existenciais
Como borboletas vistas através das janelas
Aprisionados em suas próprias ilusões
Presos pelas falsas esperanças
De que um dia algo poderia ter sido melhor.
No fedor esgotal de vielas abandonadas
Podem ser vistos resquícios
De uma loucura humana que deixam rastros
Corpos estendidos pelo chão
Frutos de uma tragédia anunciada
Desde que se faz uma escolha errada
E se envolve com alguma facção.
Existem olhares que só enxergam a mentira
Que são enganados o tempo todo
Envolvidos pela falsa ilusão de uma vida
Que seja de prazeres e ostentação
Será que não percebem o perigo logo adiante
O terror estampado nos olhos
Daqueles que não conseguem mais sair?
Alguns tentam desesperadamente fugir
Querem se desvencilhar dessa armadilha mortal
Mas não encontram uma saída plausível
E sucumbem ao excremento da fumaça solta no ar
Tornam-se indivíduos sem almas
Que caminham perdidos pelas ruas movimentadas
Esperando apenas o gatilho para se matarem.
O filho bastardo não é filho dos deuses
E os pais não tem tempo para eles
Jogados a própria sorte ficam à deriva
Educados pelos jogos eletrônicos
E o mundo vai sendo moldado a sua imagem
Na semelhança de um pesadelo cruel
Pulsando firme em cada coração irracional.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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