terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Você é uma criatura da noite


Ouvia-se os gemidos de prazer 
Da volúpia arrebatadora 
Uma jovem inocente a delirar 
E desejava-se mais profundamente 
A paixão tão louca que sentia. 
Não conseguia deixar de pensar 
De desejar estar entregue ao amor 
Ao prazer que sentia 
Ao calor que a abrasava 
Da cabeça aos pés. 
Você é uma criatura da noite 
Dizia ela enquanto se entregava perdidamente 
Uma paixão que a destruiria 
Sem piedade alguma 
E sabia que não podia se livrar. 
Alma dilacerada pelo desejo intenso 
Pela satisfação 
Deixava-se levar aos sonhos mais loucos 
Aos pensamentos mais profundos 
Da alma insana. 
O que poderia dizer sobre essa paixão? 
Não tinha forças para se livrar 
E no fundo nem queria mesmo 
Apenas viver o amor tão intenso 
Que apertava seu coração. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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