quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Lassidão

Um cansaço sentido 
A vida que se esvai 
Escorre pelos dedos 
A esperança de viver. 
Um esforço que dura o tempo todo 
Que sufoca o desejo 
Um tédio 
Tudo se repete continuamente. 
Um cansaço de estar cansado 
Almas incontidas 
Que não deveriam ter nascidas 
Pois o mundo não as alegram. 
O semblante abatido 
Mostra o fim longínquo
De uma terra inexistente 
De pessoas derrotadas. 
Não há cura 
Nenhum bálsamo para a ferida 
Ao homem lasso 
Era preferível não nascer. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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