A solidão de quem anda pelas ruas cheias de pessoas
Olhares que tentam esconder-se das ilusões
Um mundo em ruínas
Onde se perguntam se há ainda alguma esperança
Haverá um futuro
Onde meus filhos poderão caminhar
E sonhar?
Burburinhos pelos becos sujos
Pessoas cobertas com papelões
Em meio uma solitária cidade globalizada
Cheia de pessoas que se esfregam nas calçadas
Sem ao menos saberem quem são os outros.
Tempos sombrios o que vivemos
Onde o melhor que podemos ter
São as lembranças de um passado não tão distante
Que havia pássaros nas árvores
Bem perto das janelas.
Nada disso existe mais
Nas selvas de pedras cobertas de concretos
E repletas de vidas solitárias
Que perambulam pelas vielas e bares nas madrugadas.
Onde está a alegria dos jovens
A serenidade dos velhos
E os versos dos poetas?
Tudo se desfaz como as nuvens
E os pensamentos são tormentos
Que se fundem com a noite silenciosa
No mais escuro dos quartos lúgubres dessa cidade.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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