quinta-feira, 3 de março de 2022

Se não sabes para onde vais

Perdido em meio ao turbilhão de pensamentos 
Caminha pelo grande labirinto 
Sem saber o que o espera na próxima curva 
Tudo parece tão confuso 
Na mente que não sabe nem mesmo o que pensar 
Quando acreditava ter um final feliz. 

 Quem pode acreditar em histórias assim? 
Nunca houve uma certeza absoluta de nada 
Apenas conjecturas 
Falácias de um tempo obscuro da humanidade 
Quando ainda tinham o terceiro olho 
O conhecimento quase perfeito das coisas. 

 O que se tem hoje? 
Cadáveres ambulantes perambulando pelas ruas 
Zumbis que só desejam se alimentar 
E não importa com o que seja 
Morcegos e sanguessugas espalhados por todo lado 
E nada mais resta aos pensadores. 

 Se não sabes para onde vais 
Por que, então, se importar com o caminho? 
Tudo parece perdido mesmo 
E não há como esperar que haja uma mudança 
Quando vemos que os seres humanos 
Só querem matar-se a si mesmos em fúria descontrolada. 

 Quem dá ouvidos aos choro das crianças? 
Quem está preocupado com os deficientes? 
Por que os idosos são sempre maltratados? 
Que sociedade civilizada é essa que estamos inseridos? 
Perguntas de uma mente perturbada 
Que já sabe que não vai obter nenhuma resposta. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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