quarta-feira, 30 de março de 2022

Tropeço

As marcas do sentimento ficou 
De tudo que um dia restou 
A saudade daquele olhar 
O sorriso que não via mais 
E a alegria logo de manhã 
Que agora fazia parte do passado. 
 
Em algum momento da caminhada 
Tropecei no meu próprio orgulho 
E nem mesmo sei dizer 
Como tudo isso podia ser real 
Se o que resta é ilusão 
E pensar que poderia ser diferente 
Se não fosse a prepotência 
Um tropeço no caminho 
Que pensei ter conhecimento. 
 
A luz se apagou 
E os fantasmas aparecerem 
Eles gostam do escuro 
Porque podem se divertir 
E apavorar a alma já desgastada 
Com o sofrer da solidão. 
 
Resta-me agora esperar 
Que o tempo seja gentil 
E que leve para longe as lembranças 
Do alvorecer em que sorriu 
E não dei o devido valor. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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