As marcas do sentimento ficou
De tudo que um dia restou
A saudade daquele olhar
O sorriso que não via mais
E a alegria logo de manhã
Que agora fazia parte do passado.
Em algum momento da caminhada
Tropecei no meu próprio orgulho
E nem mesmo sei dizer
Como tudo isso podia ser real
Se o que resta é ilusão
E pensar que poderia ser diferente
Se não fosse a prepotência
Um tropeço no caminho
Que pensei ter conhecimento.
A luz se apagou
E os fantasmas aparecerem
Eles gostam do escuro
Porque podem se divertir
E apavorar a alma já desgastada
Com o sofrer da solidão.
Resta-me agora esperar
Que o tempo seja gentil
E que leve para longe as lembranças
Do alvorecer em que sorriu
E não dei o devido valor.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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