segunda-feira, 2 de maio de 2022

Não lastimo o próximo perigo

O que poderia causar-me pavor 
No mundo tão assustador 
Que pudesse tirar-me o sono tranquilo 
E perturbasse a minha madrugada 
Onde não conseguisse pregar os olhos? 
 
Não lastimo o próximo perigo 
Nem mesmo a escura prisão 
Onde estão presos os meus pensamentos 
Como ameaças aos poderosos deste mundo 
E, por isso, estão enclausurados. 
 
 Lastimo as dores alheias 
De mentes aprisionadas 
Que não podem estar livres 
Para não causarem transtornos na sociedade 
Onde não se tem a liberdade. 
 
 Lastimo a indiferença 
Dos que se dizem a esperança 
Aos jovens e adultos 
Que poderiam ser bem mais do que são 
Mas que não tem nenhuma oportunidade. 
 
O maior perigo que existe 
É o distanciamento social 
Dos que poderiam desenvolver o futuro 
E que agora são prisioneiros 
Nas fétidas prisões de seus subconscientes. 
 
O que posso fazer agora? 
Cruzar os braços não resolverá 
Preciso bradar em alta voz 
Que precisamos acordar para a vida 
Se não quisermos ver o fim de tudo. 
 
Olhe para dentro de si mesmo 
Veja o seu potencial 
Acredite nos sonhos que tem 
Levante-se para realiza-los 
E faça do mundo um lugar diferente 
Melhor depois de sua estada aqui. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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