Como uma estátua solitária na imaginação
Esperando algo novo acontecer
Em um mundo tão escroto como o submundo
De onde ratos saem para caçar.
Nada é tão assustador
Como as manchas escuras no olhar
De quem passou a noite sem dormir
Porque estava a pensar coisas absurdas
Que poderia acontecer com o mundo.
O mundo gira em velocidade alucinante
Deixando os moribundos a cambalear
Nada mais pertence aos humanos
Que foram abduzidos inconscientemente
Pelos discursos ideológicos mais tenebrosos.
Um buraco enorme surge debaixo de seus pés
Mas não consegue sugá-lo para si
É como se houvesse uma proteção invisível
Impedindo a queda inevitável
Para o grande abismo da ilusão perdida.
Tudo se desfaz em um abrir de olhos
A consciência volta a existir
Depois de ouvir o grito de um atalaia
Bradando sobre a responsabilidade individual
Em uma mundo pronto para sucumbir.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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