segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Flagelo

Punição severa 
Chafurdado num mar de absinto 
Não sabe mais o que fazer 
Para livrar-se do medo 
Dos pensamentos alucinantes. 

Aqui deitarei o meu enredo 
Viver no deserto 
E tornar-se o senhor absoluto 
Dos destinos impermeáveis 
Feitos labirintos indecifráveis. 

Castigo moral 
É o que sente na alma 
Com os olhos eternamente fechados 
Procura esconder as loucuras da infância 
E apagar as memórias solitárias. 

Aflição de tempos imemoriais 
Traçado no imaginário 
De onde se via deitado no próprio jazigo 
E nunca fora percebido 
Pelos transeuntes noturnos nas sombras. 

Angústia e flagelo 
De aventuras nas memórias coletivas 
Sangramentos e feridas abertas 
Testemunhados pelos que não dormem 
Porque foram destinados a sofrerem para sempre. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Nenhum comentário:

Postar um comentário