sábado, 19 de novembro de 2022

Uma temporada no Inferno

Desesperado e totalmente desorientado 
Caminhava como ébrio pelas ruas 
Olhares a condená-lo pela sua insensatez 
Pela loucura na qual deixara se enredar 
Por ignorar todos as placas de avisos. 

No olhar a angústia da desilusão 
Os passos trôpegos e sem direção 
Não deixava esconder toda a decepção com a vida 
Com as escolhas mal feitas 
E com a humilhação de desejar o impossível. 

Uns poucos amigos tentaram em vão 
Alertá-lo para o grande abismo 
Que seus olhos insistentemente olhava 
Ignorou todos os conselhos possíveis 
Porque acreditava estar com a razão. 

Uma temporada no inferno e nada mais 
Era assim que estava se sentindo 
Não existe alegria e nem mesmo esperança 
Sem o brilho no olhar daquela que o inspira 
Mas que não mais está disposta a voltar. 

As noites são intermináveis e sombrias 
Os dias torturantes e vazios 
Porque não pode esconder a sua dor 
Dos olhos carniceiros de todos que o desprezam 
Por ter entregando-se de tal forma ao sentimento. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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