quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Ratos de esgoto

Quem é você para ditar regras 
Dizer o que está certo ou não? 
Podes até ser que escrevas bem 
Que seja culto, erudito, intelectual 
Que importa isso? 
Quem pode escrever a história verdadeira 
A lembrança do que não foi 
Ou dizer que o certo está errado 
Se, na minha cabeça, não existe essa diferença 
E, as palavras são minhas 
E as escrevo como quero 
E pouco importa se gostas ou não 
Porque a intenção nunca foi agradar-te 
Na verdade, não faz diferença 
Não é por isso que deixarei de escrever 
Escrevo porque gosto 
E quando quero 
Sobre tudo que existe 
E não posso deixar-me ser rotulado 
Por quem não sabe nada da minha vida. 
Ratos de esgoto 
Nunca chegarão a superfície 
Nunca serão vistos 
Nem mesmos serão creditados 
E a vida continua 
Porque assim deve ser 
E aqui está mais uma escrita 
Suave e delicada como deve ser. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Nenhum comentário:

Postar um comentário