terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Tecnologia

Na palma da mão, um pequeno oráculo cintila, 
O poder da informação, uma lâmina que perfura. 
Parecem conectados, mas, separados por uma tela fria, 
Será uma tecnologia necessária, enquanto a alma perdura?

No reino do silício, onde a luz elétrica domina, 
A humanidade tece sua teia, uma dança sem esperança. 
Na era da tecnologia, um feitiço encantador, 
O controle se insinua, como uma sombra que dança. 
 
Máquinas pensam, com uma sede insaciável, 
Mas onde fica a fronteira do perigo? 
Onde está a liberdade de pensar, de questionar? 
Será que podemos encontrar um abrigo? 

Os algoritmos ditam o que é o saber, 
Um controle sútil nos faz sentir seguro, 
E não percebemos os grandes tentáculos 
Porque caminhamos totalmente no escuro. 

No reino da engrenagem, onde o silício murmura, 
A humanidade dança sob uma luz incerta e sombria. 
Cada passo, uma linha de código binário, 
No tecido do destino, pela mão cibernética que guia. 

Oh, máquinas que tecem sonhos e desejos, 
Me diga quem controla o cursor da evolução. 
Em sua matriz, o futuro se desenha em códigos complexos, 
E quem guia a nave da humanidade na vastidão da inovação? 

Na era da conexão, onde a informação parece fluir livre, 
As fronteiras do conhecimento se dissolvem. 
O controle se insinua nas entranhas do algoritmo, 
Onde a liberdade de pensamento dança e nada resolvem. 

Será a tecnologia um mestre sábio ou um tirano disfarçado? 
Em seu ventre de circuitos, reside o poder de transformar, 
Mas a quem pertence o leme da revolução, 
Quando a inteligência artificial dita o novo direcionar? 

Na sombra da inteligência artificial, 
Seremos senhores ou servos da tecnologia? 
O futuro nos espreita, como um livro aberto, 
Mas seguramente não sabemos se será de alegria. 

Num mundo onde bits e bytes são os novos tijolos e argamassa, 
Refletimos sobre a sombra da dependência que nos assusta. 
A autonomia escorrega por entre os dedos humanos, 
Enquanto abraçamos o progresso, nos perguntamos: quanto custa? 

No altar da inovação, sacrificamos a privacidade, 
Onde cada clique revela nossa identidade como a luz do sol. 
Mas, ó, humanidade, não deixe que os fios do controle, 
Te transformem numa marionete, sem alma, sem farol. 

A promessa de um amanhã brilhante, entrelaçada com incertezas, 
Enquanto a inteligência cresce, diante de nós está o desafio. 
 Como um código a decifrar, um enigma que intriga 
Como equilibrar a evolução, sem nos perder no eterno vazio. 

Que o controle não seja um manto pesado, 
Que a tecnologia seja aliada, não uma incógnita. 
No futuro incerto, onde a inovação se entrelaça, 
Que a humanidade encontre sua liberdade insólita. 

No éter da virtualidade, uma reflexão emerge, 
A humanidade, à beira de uma encruzilhada, precisa saber. 
No coração do algoritmo, encontra-se a escolha, 
Seremos senhores da máquina ou escravos desse poder? 

 Que a luz da sabedoria guie nosso caminho, 
Na encruzilhada do futuro, que façamos a nossa vontade. 
Que a tecnologia seja nossa aliada, não nossa ameaça, 
E que a humanidade, em sua jornada, seja a realidade. 

Em um mundo conectado, busquemos a consciência, 
Entre bits e bytes, não esqueçamos do coração. 
O futuro é um poema ainda a ser escrito, 
Que cada escolha nossa seja uma nova inspiração. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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