No teu toque, a ternura que sobra,
Como crianças carentes, minhas mãos buscam,
Abrigo nas tuas, a paz que se desdobra.
Esquecer-te seria negar a própria essência,
Como desistir da vida, da existência,
Tu és o calor que aquece minha alma,
Num abrigo seguro, onde a dor se acalma.
Nossas mãos entrelaçadas, como laços eternos,
Duas crianças perdidas, agora encontram ternura,
Nos caminhos da vida, somos companheiros,
Esquecer-te seria apagar a mais pura candura.
Cada dedo entrelaçado conta uma história,
De amores, de lutas, de toda uma trajetória,
Esquecer-te é negar o próprio destino,
É sufocar o amor que pulsa, que é divino.
No calor das tuas mãos, encontro abrigo,
Como crianças carentes, num mundo perdido,
Esquecer-te não posso, pois em ti me encontro,
És o sentido da vida, para mim sempre pronto.
Assim, como as mãos de duas crianças,
Que se unem em busca de um lar,
Não posso esquecer-te, és a luz de esperança,
Na dança da vida, és meu doce amar.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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