domingo, 17 de dezembro de 2023

Abrigo

No teu olhar, um universo de estrelas, 
No teu toque, a ternura que sobra, 
Como crianças carentes, minhas mãos buscam, 
Abrigo nas tuas, a paz que se desdobra. 

Esquecer-te seria negar a própria essência, 
Como desistir da vida, da existência, 
Tu és o calor que aquece minha alma, 
Num abrigo seguro, onde a dor se acalma. 

Nossas mãos entrelaçadas, como laços eternos, 
Duas crianças perdidas, agora encontram ternura, 
Nos caminhos da vida, somos companheiros, 
Esquecer-te seria apagar a mais pura candura. 

Cada dedo entrelaçado conta uma história, 
De amores, de lutas, de toda uma trajetória, 
Esquecer-te é negar o próprio destino, 
É sufocar o amor que pulsa, que é divino. 

No calor das tuas mãos, encontro abrigo, 
Como crianças carentes, num mundo perdido, 
Esquecer-te não posso, pois em ti me encontro, 
És o sentido da vida, para mim sempre pronto. 

Assim, como as mãos de duas crianças, 
Que se unem em busca de um lar, 
Não posso esquecer-te, és a luz de esperança, 
Na dança da vida, és meu doce amar. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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