Abro as janelas para ver a luz do sol
Sinto a brisa tocar o meu rosto
Pássaros cantam nas árvores
Borboletas voam no jardim
Mas, mesmo assim, sinto o vazio
A solidão que toma conta de mim
E nada parece ter encanto.
Procuro em minha mente
A doce beleza de seus olhos
E tento sentir o seu perfume
Como se isso pudesse me trazer esperança
Além do horizonte imagino você
Será que já está acordada?
Será que também pensa em mim?
Dúvidas cruéis tomam conta do meu coração
Uma angústia que fere a alma
Por saber que não mais está aqui
E que tudo foi culpa minha.
Eu devia ter visto os sinais
Deveria ter sido mais presente
Imaginar que estava sozinha
E que eu me preocupava mais com outras coisas
De que adianta agora?
Você tomou outro rumo
Voou em outra direção
Foi buscar a sua felicidade.
Tento de todas as formas me conformar
Tento explicar para mim mesmo
Que deveria ter valorizado quando podia
E que agora não adianta mais chorar
Mas meu coração não entende
E tenta de todas as formas
Acreditar que você poderá aparecer
Bater na porta e dizer:
- Estou de volta, cuida de mim!
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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