Teço versos em prece, sussurros de saudade,
Oh, se puder, nos ventos da eternidade,
Não me esqueça, nos raios do passado.
Entre estrelas que guardam segredos celestiais,
Flutua a memória, como pétalas ao vento,
No jardim da lembrança, em doce sentimento,
Guarda-me, se puder, nos arcanos astrais.
Nos versos que entrelaçam o tempo e a quimera,
Desenha-se a dança das sombras e da espera,
Se puder, não apague o fogo que nos consome.
Na partitura da vida, cada nota é uma canção,
E se o destino traçar uma distante solidão,
Lembre-se de mim, como a luz que nunca some.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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