Um raio de sol, do céu, se escapulindo,
Doura a paisagem, os sonhos revelando,
Na manhã que desponta, o mundo sorrindo.
No horizonte distante, a luz que se insinua,
Rompendo o véu noturno, em suave dança,
Pintando com tons quentes, a terra nua,
Desperta a esperança, que na alma balança.
O silêncio quebrado pelos primeiros cantos,
Das aves aladas que anunciam o dia,
Ecoa como uma melodia nos encantos,
Da natureza em festa, que desperta e guia.
As flores ainda orvalhadas, como gemas brilhantes,
Refletem a magia desse momento sublime,
Enquanto o orvalho se despede, em gotas vibrantes,
E a manhã cedinho revela seu próprio crime.
O mundo, qual tela em branco, ganha cores,
No pincel do sol, que pinta com ardor,
Cada recanto, renovando os humores,
Da vida que desperta, cheia de calor.
Cedinho, o tempo parece suspenso,
Numa quietude que acalma e encanta,
E o raio de sol, como um beijo intenso,
Desperta a terra com sua luz que abrilhanta.
Na manhã cedinho, o raio de sol dança,
Tece a aurora com fios de ouro e calor,
E na magia desse instante, a esperança,
Se renova a cada amanhecer, com fervor.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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