Eles quase não existem mais
Por todo lado que se anda
O que podemos ver são os mortos
Caminhando entre nós.
É fácil perceber a diferença
Está nos olhares de tristeza
No caminhar de preocupação
No sorriso das incertezas
Que a maioria já não conseguem esconder.
Quase ninguém nota isso
Porque cada um está preso em seu mundo
Apagados de uma existência
Perambulam como zumbis pelas calçadas
Milhares que se trombam todos os dias.
Uma grande maioria não lembra
Não sabe nem que existe outras almas
Presos nas correntes da ignorância
Preferem a sua solidão existencial
Do que o árduo caminho da sabedoria.
E então caminha assim a humanidade
Essa geração que prefere estar em seus mundinhos
Cada um em seu próprio jogo
Sem desejar uma libertação do limbo existencial
No qual deixaram-se ser levados sem piedade.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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