Em qual tempo podemos dizer que chegamos?
Estamos no final da existência humana?
Ainda nos resta metade do caminho?
Ou apenas iniciamos a nossa longa jornada?
São perguntas que dificilmente responderemos
O nosso tempo existencial é tão pequeno
Um sopro e nós voamos como as nuvens
Ontem chegamos aqui e amanhã já não estaremos mais
E a vida continua para milhares de pessoas.
Como podemos acreditar que haverá um fim?
Quem tem a previsão precisa dos acontecimentos?
Somos aterrorizados com a ideia de um apocalipse
Com um mundo totalmente devastado
Pela insensibilidade humana
E destruído pela ganância desenfreada de muitos.
Mas, como podemos afirmar que realmente é assim mesmo?
Não haveria a possibilidade do ser humano se reinventar?
Será mesmo que o fim de todas as coisas acontecerá
Da forma que fomos informados pelas previsões
Ou tudo faz parte dos grandes mistérios da humanidade
Que nunca nos será revelado integralmente?
É mais uma manhã que levanto-me com essas dúvidas
Com perguntas que a maioria evitam fazer
Porque ninguém tem as respostas precisas
E é muito melhor acreditar no que acreditamos
Do que questionar as certezas que temos
E no final não temos certeza nenhuma de nada nesta vida.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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