sexta-feira, 24 de maio de 2024

Circo de horrores

Os riscos invisíveis não podem ser possíveis 
Sem uma razoável dose de caos interior 
A mente inquieta do pensador pode extrapolar 
Mas não pode deixar de pensar além da imaginação 
Deve navegar os mares desconhecidos do tempo 
Em direção aos segredos do universo. 

Os desenhos nas paredes brancas 
Pode simbolizar o perecer fecundo do tempo 
Pode querer dizer alguma coisa importante 
Além das que estão formuladas em nossa mente 
Porque não sabemos muito sobre o universo 
E nem mesmo sobre o que se passa em nossa mente. 

O aroma perfumado da ilusão pode enganar 
Os sentimentos equivocados dos sonhadores 
Quando não se pode diferenciar de olhos abertos 
O sagrado e o profano que andam de mãos dadas 
Nas apresentações medíocres de pessoas manipuladas 
Enganadas em suas falsas esperanças de salvação. 

Línguas ásperas ejetam palavras obscenas 
E o pecado da carne é santo se comparado a embriaguez 
Dos que se colocam como deuses nos pedestais 
E provocam o caos nas mentes indefesas de quem não lê 
O que predomina nesses lugares lúgubres 
São lágrimas de festim transbordando fantasias. 

Um pequeno circo de horrores se forma 
Com artistas maquiados com as máscaras da hipocrisia 
Cheios de euforia como um rio transbordante 
Sem perceberem que o destino é tão certo como a luz do dia 
E a colheita chegará na estação certa 
Onde haverá a separação crucial do trigo e o joio. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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