quinta-feira, 9 de maio de 2024

A dor de quem perde o que mais ama

É a dor daquele que enfrenta a tragédia, 
Cujo coração se desfaz em pranto, 
Sob o peso da mais dura agonia, 
Numa jornada de sofrimento e lamento. 
 
É a dor que corta, que dilacera, 
Que transforma a luz em sombra escura, 
Que faz da alegria uma quimera, 
E da esperança uma frágil costura. 
 
É a dor de quem perde o que mais ama, 
Que vê seus sonhos desmoronarem, 
Na imensidão de uma dor que inflama, 
E no vazio dos olhos, lágrimas se escondem. 
 
Mas mesmo no abismo da aflição, 
Há uma centelha, um fio de luz, 
Que brota da mais profunda escuridão, 
E traz consigo a força que seduz. 
 
Pois na dor há também a redenção, 
Um caminho de transformação, 
Onde a alma encontra a compaixão, 
E renasce a partir da destruição. 
 
Então que a dor, embora intensa, 
Seja o portal para a reconstrução, 
Onde a esperança se torna imensa, 
E a vida floresça em nova canção. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense 
Em solidariedade às vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul.

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