quarta-feira, 22 de maio de 2024

Isso é totalmente estupidez

Como podemos lidar com nossa estranheza onipresente? 
Quantas sacanagens há nas reportagens 
Nas inverdades que são inventadas para controle 
Para manter a dominação da massa 
Que não tem o hábito da leitura 
Que prefere ser conduzida para o matadouro. 

Na maioria das esquinas das nossas cidades 
Há os que tremem em estranhos calafrios 
Quando suas ruas são tomadas pelos baderneiros 
Que quebram o silêncio a hora que bem entendem 
Quantas passagens perdidas ou escondidas 
Das viagens sabotadas pelos abutres sociais. 

Por que tanta idolatria em ídolos carnais? 
Todos sujos como porcos no chiqueiro 
E falam aos quatro ventos suas impurezas 
Conclamando os fiéis para suas fileiras intermináveis 
Como se fossem deuses enviados a Terra 
Para salvar os que não desejam nenhum tipo de salvação. 

Por que imitar um mito se você pode ser a própria lenda? 
Se você pode ser a fonte única da história 
Que muitos negam existir além da imaginação 
Porque não sabem o que passa em sua mente insana 
E o último suspiro precisa dizer alguma coisa 
Para que faça sentido essa existência efêmera. 

Estamos em um mundo totalmente mundano 
Onde impera um preconceito concebido e materializado 
De um mundo decaído pela sua própria incoerência 
Não é da minoria o racismo privilegiado 
Pela burocracia estatal estampada nas faces políticas 
De abutres noturnos que governam a nação. 

Existe um motivo pelo qual eu não quero 
Que me dizem que isso é totalmente estupidez 
Se velhos conhecidos estão mortos pelo caminho 
Por que, então, devo me importar com os estranhos 
Que causam a destruição e o caos existencial 
Dos quais não posso me afastar definitivamente? 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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