quinta-feira, 23 de maio de 2024

Trombetas que ecoam no vazio

Trombetas que ecoam no vazio da existência 
Que assustam mais do que alerta 
Nas altas muralhas da ignorância 
Uma geração anda de um lado ao outro 
Sem ter a noção de onde seus pés estão 
Frutos de uma implacável lavagem cerebral. 

Há os que dormem e não podem acordar 
Presos em seus pesadelos intermináveis 
Caminham para um abismo de desinformação 
E acreditam que os deuses traçaram os seus destinos 
Por isso fazem escolhas irracionais 
E rodopiam no vazio eterno da ignorância. 

Não queria falar sobre isso outra vez 
Mas tudo não passa de um verdadeiro retrato 
Retrato gasto pelo tempo que reflete reflexos 
De situações inusitadas na longa jornada da vida 
Momentos que gostaríamos de esquecer 
Mas que não conseguimos tirar de nossa memória. 

Olhe para os principais monumentos erguidos 
Veja o Cristo Redentor, o Colosso de Rhodes 
Vislumbre o Coliseu romano, a Estátua da Liberdade 
E observe se consegue desvendar os enigmas 
Se tem capacidade para enxergar o que eles carregam 
Os segredos ocultos da grande maioria da humanidade. 

Em algum lugar do planeta existe uma saída 
Ou apenas um lugar vazio de esperança para os mortais? 
Um mar vazio e seco contrasta com um lago de sangue 
E você não consegue olhar para o futuro 
Porque nem mesmo sabe o seu passado e vive fora da realidade 
Com a incerteza de uma vida presente. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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