Meu corpo se aquieta
Mas a alma se remexe,
Como quem dorme num leito de espinhos
E sonha com flores.
Você mora onde meu pensamento tropeça,
Num canto da memória que nunca cicatriza.
É presença que falta,
Falta que pesa,
Peso que flutua
Nas veias do meu silêncio.
O amor, quando chega sem pedir licença,
É como uma febre serena:
Não derruba,
Mas desorienta.
É um vazio tão cheio de você
Que não sei mais o que é paz
Sem essa inquietude.
Você,
Meu leve tormento,
Meu doce incômodo,
Minha âncora no ar,
Só de pensar em você,
Tudo em mim perde o lugar.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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