terça-feira, 7 de setembro de 2021

Aquele 7 de setembro perdido no tempo

Era um dia de muito calor 
O sol brilhava com sua intensidade 
Como se iluminasse a liberdade escondida 
Nos corações divididos de uma nação. 
Bandeiras tremulavam nos órgãos públicos 
E o Hino Nacional era cantado pelas crianças 
Em escolas infantis. 
Admirava-se a letra da independência 
E as cores do Brasil 
Predominantemente verde e amarelo 
Pintava as ruas e praças 
E tudo parecia tão libertador. 
Não conheço meus irmãos 
E não sei quem mora ao meu lado na mesma rua 
Na TV e internet 
Brigas intermináveis de ideologias 
Vitrines de atitudes boçais 
Nos discursos ultrapassados de políticos 
Que só pensam nos seus currais eleitorais. 
Uma alegria sem fim 
Vistas nas correrias e gritarias 
De pessoas carregando as suas bandeiras 
Suas faixas 
Seus cartazes 
Mesmo que a maioria, 
levadas pela euforia, 
Sabia que não teria 
Nada na despensa no outro dia. 
Onde está a tão sonhada liberdade 
A independência de uma nação? 
Até quando, povo brasileiro, 
Serás refém de uma falsa ideologia 
E viverás nessa triste utopia? 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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