sábado, 11 de setembro de 2021

Escravidão moderna

Para quem não tem coragem de pensar 
Aos que tem a mania de fazer rodeios 
Não posso dimensionar o universo do poder mental 
E sei o quanto é complicado renegar os pecados 
Que assola um mundo sem escrúpulo 
Que aterroriza os excluídos 
Vagando perdidos sem nenhum abrigo. 
 
Eu tenho coragem de bradar contra o sistema 
Ou minha vida é uma vergonha 
Cujo destino é ser invisível 
Numa sociedade tão caótica e sem compaixão? 
 
Dou esmolas para um defunto vivo 
Que bate ao meu portão 
Ou cerca-me no semáforo 
Onde espero o verde de uma nova esperança 
E adormeço para não morrer de tédio 
Sentindo a miséria de algumas vidas. 
 
Negam os direitos básicos do cidadão 
Renegando-o a escravidão moderna 
Em salas fechadas e sem câmeras 
Negociam as cabeças dos bodes expiatórios 
E insultam a inteligência da humanidade. 
 
Militarizam as escolas 
Abrem-se as prisões 
E dão armas 
Tiram o pão
Fazem o circo
Massacram as mentes 
No cronograma das manobras eleitoreiras 
De uma sociedade monopolizada pelo estado de miséria. 
 
Não vejo fatos novos 
Apenas a História se repetindo 
Embora a maioria parece nem perceber tudo isso. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Nenhum comentário:

Postar um comentário