sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

A humanidade não causa mais afeição

Um desespero toma conta da alma 
Uma sensação de infinita solidão 
De todos os olhares que tento me esconder 
Porque a humanidade não causa mais afeição 
Não há porque imaginar que possa mudar 
Se não sabem nem mesmo a sua direção. 

 Eu sinto a angústia de dias solitários 
E prefiro ficar no meu canto sozinho 
Porque não vejo uma esperança sequer 
De que os seres humanos possa mudar o caminho 
O que se percebe é o egoísmo e violência 
Tomar conta de todos e não há nenhum carinho. 

 Triste lamento de quem queria apenas viver 
De quem desejaria apenas e somente amar 
Se não há uma forma diferente de existir 
Porque roubam de todos a simplicidade do sonhar 
Já não resta nenhuma esperança nos olhos 
De que a humanidade possa um dia melhorar. 

 Seguimos sozinhos em meio as multidões 
Onde cada vive em si mesmo a pensar 
Não se preocupam com as misérias alheias 
Só o que pode em suas vidas melhorar 
É como se caminhássemos para o abismo 
E ninguém tem a coragem de nos avisar. 

 Sei que em algum lugar pode existir ainda 
Quando nasce o sorriso no olhar de uma criança 
E os sonhos tornam-se reais no profundo coração 
E dos tempos bons surgem uma singela lembrança 
Tudo se renova na mente que pode sonhar 
Porque no fundo ainda pode haver a esperança. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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