sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

A longa viagem de Stone Halls

Sentia as dores intensas nas pernas 
O suor que escorria da testa e ardia os olhos 
O cansaço que tomava conta de todo seu corpo 
E o sol escaldante que ofuscava sua visão 
E queimava-lhe até a alma 
Curvou-se sobre seus joelhos 
Precisava tomar um fôlego e continuar a jornada 
Sem saber exatamente onde seus passos o levaria 
O vento até que batia nas folhas das árvores 
Podia vê-las se mexendo 
Mas não amenizava o calor que sentia 
Não tinha tempo também para observar as borboletas 
Apesar de achá-las interessantes 
Apenas a caminhada a sua frente importava 
O destino nem sempre é o que se pode esperar 
E a caminhada deve acontecer 
O tempo não para 
A vida não deixa margem para erros 
E cada um deve carregar a sua cota de sofrimento 
Dar os passos que forem necessários 
Sem ficar o tempo todo reclamando da vida 
Olha a sua volta outra vez 
O ar entra em seus pulmões e sente um novo alento 
Deve continuar a caminhar 
Nunca se chega ao fim se não tiver um começo 
O tempo não espera por ninguém 
E cada um deve trilhar a sua própria jornada 
Porque assim é a vida do ser humano 
Vê no horizonte o caminho a seguir 
Então recomeça a sua longa viagem rumo ao desconhecido 
Porque tudo que viveu até aqui é experiência 
Mas o que vem pela frente é uma incógnita. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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