quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

O pensador

Nas suas manhãs reflexivas 
Gostava de expor suas perguntas 
O turbilhão de pensamentos 
A percorrer sua mente o dia todo 
O que acontece no mundo a sua volta 
E porque as pessoas agem da forma que agem? 
Como saber o dia da sua partida 
Se não lembra o dia da sua chegada? 
O que acontece a nossa volta 
É uma guerra ou uma loucura? 
Se não pode sair de casa 
E não pode ficar em casa seria isso 
A melhor forma de liberdade? 
Sou eu um paladino da justiça 
Ou a força bruta que corrompe a verdade? 
Sou eu que procuro o segredo da vida 
Nos versos da poesia 
Ou apenas o protetor da ilusão 
Que escancara a pífia existência humana? 
O moribundo sabe que é miserável 
Ou o aristocrata sabe que é mais miserável ainda? 
Nas catacumbas da ignorância 
Desfila os arrogantes inconscientes 
Ou sabem eles que são mesmos imbecis? 
Será que vivemos em um mundo livre 
Ou estamos todos nós 
Vivendo em uma prisão absoluta? 
Se seus olhos não podem ser abertos 
Porque, então, tenta abri-los? 
E assim segue as perguntas todas as manhãs 
Como se o dia fosse dar alguma resposta 
O pensador ouve uma canção 
E sabe que é apenas mais um arauto 
De espírito eloquente 
Tentando resolver os enigmas do universo 
Quando não sabe nem porque a chuva cai. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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