Se alguma vez não sentiu na alma
A liberdade de voar com seus pensamentos
O mais alto que a imaginação pudesse te conduzir
Não faz parte do mundo onde vivo
A maior parte da minha vida.
Nascemos em um reino florescente
O reino onde há liberdade para sonhar
Qualquer ideia pode expandir além do horizonte
Onde não acreditamos em limites
Que possam impedir a imaginação.
Pode ser que tenha confiado em tuas mãos
As chaves das portas fatais
Que só poderiam se abrir para mim
E como o coração repousavas no silêncio
Teus cuidados infatigáveis
O fizeram vacilar perigosamente.
Podemos não nos encontrar no tempo
Porque não notei que vigias no silêncio da noite
E não descansas nem mesmo no tumulto do dia
Como se não pudesse haver refúgio para mim
Porque tu és o flagelo que desmorona a felicidade.
Eu te confiei o que tinha de mais caro
O bem mais precioso que cercava-me a razão
O tempo que poderia aproveitar para conhecer o mundo
Deixei que escapasse de minhas mãos
Porque esse último beijo não vai durar para sempre.
Quantos encantos brilharam em teus olhos
Como promessas de uma revigorante chuva na primavera
E tudo não passava de um tempo perdido
Longas noites de sonhos e tormentas
Tomaram o lugar do silencioso coração.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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