Se eu dissesse que te amo e não te amasse
O fogo do amor continuaria ardendo em mim
Qual crepitar das chamas
E as fagulhas a desaparecer no infinito
Quando deixasse de falar em amor assim.
Tudo é tão metafórico aqui dentro
Se não há como entender o coração
O que se pode fazer com a dor
E quais palavras seriam necessárias
Para que entendesse a solidão?
A palavra é uma asa do silêncio
Assim como o mistério que há no olhar
Pode ser que tenhas duas vidas
E que não estejas tão longe assim
Mas não posso esquecer que vivo a sonhar.
Não se vá nem mesmo por uma hora sequer
Porque tomaria o seu lugar a saudade
O sentimento que toma conta do coração
Não pode ser descrito nos versos
Porque não há como descrever a felicidade.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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