sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

E o culpado sou eu

Quase não há ninguém que acredite 
Quando eu afirmo que outro estás a amar; 
Dizem que estou errado no meu palpite 
Porque não veem isso no seu olhar. 

 Deveras que fico com isso satisfeito 
E da dor insana em silêncio padeço; 
Só eu mesmo conheço o sofrer no meu peito 
Mas sei que de tudo isso mereço. 

 Perder-te assim foi um grande castigo 
Do qual eu não posso me acostumar 
Fico longe, mas no fundo eu a persigo; 

 Eu deixei ir a beleza do amor em seu olhar 
E o culpado sou eu, creia quando o digo, 
Porque o único consolo agora é lamentar. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Nenhum comentário:

Postar um comentário