sábado, 15 de junho de 2024

As distâncias do mundo

Tudo bem que você não me convenceu 
Não acreditei em suas loucas teorias 
O fim do mundo não pode ser agora 
O círculo da existência pode se renovar 
Quem pode conhecer as distâncias do mundo 
Sem perder um pouco de sua sanidade mental? 

Estão fabricando coroas de espinhos 
Construindo balas de borracha 
Mas nunca foi a minha intenção 
Arrumar encrenca com quem quer que seja 
Então, por que estão caminhando para isto? 
Por que desejam desafiar o absurdo? 

Ninguém percebeu o que está acontecendo 
Não veem a instalação dos microchips 
Não se atentam para o controle absoluto 
Preferem ficar rindo de piadas bobas nas redes 
Como se o mundo fosse um contos de fadas 
Onde todos são felizes no final. 

Deita na cama e espera por um novo dia 
Sem saber que o horário das visitas indesejadas 
Ainda não chegou ao fim outrora imaginado 
E o caos espera de braços abertos 
Logo que o novo dia surgir no horizonte 
Então dobra os lençóis e ajeita o travesseiro. 

Na imaginação fértil de um sonhador 
Existe um mundo cheio de coisas lindas 
De sorrisos contemplados pela felicidade plena 
Mas, na realidade não é bem assim, 
Apenas percebe-se que são escravos da mentira 
Emaranhando almas sorvidas pela ilusão. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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