segunda-feira, 10 de junho de 2024

Recordo-me da morena

Sob o véu da noite, o céu a brilhar, 
No silêncio suave, o mundo a sonhar. 
Lágrimas de prata, a lua derrama, 
Recordo-me da morena, minha doce dama. 
 
Seus olhos brilhavam como estrelas distantes, 
No abraço da noite, éramos amantes. 
O vento sussurrava segredos antigos, 
E nossos corações batiam, serenos, amigos. 
 
O aroma das flores, a brisa a soprar, 
No campo tranquilo, começamos a dançar. 
Sob a luz da lua, seus cabelos reluzentes, 
Meus dedos traçavam caminhos ardentes. 
 
Cada riso ecoava, uma melodia pura, 
Nossos passos marcavam uma doce aventura. 
A saudade me toca, um desejo profundo, 
De reviver aquela noite, um instante fecundo. 
 
As horas passaram como um sonho breve, 
Mas o toque dela em mim ainda se percebe. 
Agora, na solidão, olho o luar distante, 
E sinto falta da morena, minha eterna amante. 
 
Sob a luz prateada, memórias a vagar, 
No silêncio da noite, continuo a lembrar. 
A lua testemunha nossa história sem fim, 
E a nostalgia de uma noite, que vive em mim. 
 
 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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