Sob o véu da noite, o céu a brilhar,
No silêncio suave, o mundo a sonhar.
Lágrimas de prata, a lua derrama,
Recordo-me da morena, minha doce dama.
Seus olhos brilhavam como estrelas distantes,
No abraço da noite, éramos amantes.
O vento sussurrava segredos antigos,
E nossos corações batiam, serenos, amigos.
O aroma das flores, a brisa a soprar,
No campo tranquilo, começamos a dançar.
Sob a luz da lua, seus cabelos reluzentes,
Meus dedos traçavam caminhos ardentes.
Cada riso ecoava, uma melodia pura,
Nossos passos marcavam uma doce aventura.
A saudade me toca, um desejo profundo,
De reviver aquela noite, um instante fecundo.
As horas passaram como um sonho breve,
Mas o toque dela em mim ainda se percebe.
Agora, na solidão, olho o luar distante,
E sinto falta da morena, minha eterna amante.
Sob a luz prateada, memórias a vagar,
No silêncio da noite, continuo a lembrar.
A lua testemunha nossa história sem fim,
E a nostalgia de uma noite, que vive em mim.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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