sábado, 22 de junho de 2024

Um tolo por acreditar

O perigo da desconfiança 
Nunca está com todos os adultos 
A grande maioria acreditam em sonhos 
Em profecias de falsos profetas 
E são conduzidos pelo desconhecido 
Na busca irrefletida do conformismo. 

Sou um tolo por acreditar 
Que os seres humanos pudessem pensar 
Que quisessem refletir sobre suas ações 
Quando o que mais desejam é o conforto 
A zona cinzenta da tranquilidade 
Que não os deixam pensar sobre a vida. 

Toda a existência perde o seu sentido 
Assim que descobrimos a realidade 
Que nada é como pensávamos na infância 
Porque lá estavam todas as crianças perdidas 
A diferença é que elas eram inocentes 
E os adultos não podem ter essa desculpa. 

Por que alguém triste deve se importar? 
No topo de um edifício abandonado 
Ou na penumbra de uma rua deserta 
Alguém é sufocado por seus pensamentos ruins 
Desejando que não exista um novo amanhecer 
Para que seu sofrimento possa terminar. 

O discurso do cara comum cai por terra 
Com a existência infinita do novo dia 
Com o brilhar do sol acontece o inevitável 
O voo das borboletas em um jardim próximo 
E ao abrir os olhos cansados da insônia 
Há de enfrentar a longa jornada existencial. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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