terça-feira, 18 de junho de 2024

Desejos que acabam de partir

Em um suspiro, o desejo se vai, 
Como um sonho que se esvai na alvorada. 
A alma, que antes se enchia de paz, 
Agora vaga, vazia, amargurada. 
 
Era brilho, era chama, era luz, 
Um farol em meio à escuridão. 
Mas partiu, sem deixar sequer uma cruz, 
Restando apenas a fria solidão. 
 
Anseios que habitavam o peito, 
Como estrelas, perderam seu fulgor. 
No vazio que ficou, nada é perfeito, 
Somente ecos de um antigo amor. 
 
Os desejos que acabaram de partir, 
Levando consigo a esperança. 
Deixam rastros que insistem em ferir, 
Como sombras de uma doce lembrança. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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