sexta-feira, 7 de junho de 2024

Confusão mental

Eu já não sei quem eu sou 
E nem o que preciso fazer 
Minha mente é confusa 
Sinto o peso da solidão 
Ninguém fala comigo 
E eu sinto a necessidade de falar 
Conversar com alguém 
Mas não encontro ninguém 
Disposto a me ouvir 
Porque só há lamentos em mim 
Só angústia causada pelo tempo 
Pelas incertezas da vida 
Minha memória é falha 
As vezes nem sei onde estou 
E sinto o tempo se esvair 
A vida se torna obsoleta 
E é exatamente como está no livro sagrado 
Os anos passam e não tenho neles contentamento 
Eu abro portas para estranhos 
Na esperança de que são bons 
Mas não existe nada bom 
Então sou cerceado 
Por aqueles que um dia precisei cercear 
Porque não eram capazes 
Isso é tão ruim como sentir a ilusão 
O medo do que posso causar 
As feridas que posso fazer 
O meu tempo se foi 
E sigo na esperança do apito final 
No descanso que me aguarda 
Depois da última travessia. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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