Desvenda-se o véu da alma inquieta.
Louca, a mente vaga, não interpreta
Se o que vê é real ou vã pintura.
A razão se perde em tal aventura,
Nas sombras que a mentira manifesta.
O coração, aflito, já protesta,
Mergulhado em um mar de amargura.
Mas na loucura há vislumbres de luz,
Verdades que a sanidade oculta,
Revelam-se ao espírito que seduz.
Na linha tênue entre o caos e a cura,
Descobre-se a essência que resulta
Na paradoxal e insana usura.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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