terça-feira, 30 de julho de 2024

Se você anda devagar

 Pode-se dizer muita coisa 
Mesmo estando em silêncio 
A pedra pode ficar sozinha 
A voz pode se ouvir ao longe 
O grito pode ser sufocado 
E o olhar mal interpretado 
Quando se não quer viver 
A vida não faz sentido algum 
E as borboletas podem deixar de voar 
Porque o sol não deixa de brilhar 
Se você anda devagar 
Pode ser atropelado 
Por aqueles que tem pressa ao caminhar 
Em direção ao destino incerto 
Na esperança de encontrar 
O que não pode ser decifrado 
No encontro de duas almas 
Que são feridas pelo tempo 
No tempo que não se faz nada 
Porque o nada é uma existência de tudo 
Que algum dia alguém desejou 
Se amou por um instante 
No instante em que o tempo parou. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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