Mesmo estando em silêncio
A pedra pode ficar sozinha
A voz pode se ouvir ao longe
O grito pode ser sufocado
E o olhar mal interpretado
Quando se não quer viver
A vida não faz sentido algum
E as borboletas podem deixar de voar
Porque o sol não deixa de brilhar
Se você anda devagar
Pode ser atropelado
Por aqueles que tem pressa ao caminhar
Em direção ao destino incerto
Na esperança de encontrar
O que não pode ser decifrado
No encontro de duas almas
Que são feridas pelo tempo
No tempo que não se faz nada
Porque o nada é uma existência de tudo
Que algum dia alguém desejou
Se amou por um instante
No instante em que o tempo parou.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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