quarta-feira, 17 de julho de 2024

Arautos da ignorância

Algumas perguntas não trazem respostas 
Porque há buracos que dão no fundo do abismo 
Existem achados na perdição? 
A fé pode ser a extinção de todas as crenças? 
Alguns profetas de ilusões pregam inverdades 
Que transformam a sociedade 
Em marionetes controladas por hipócritas. 

Longas conversas dentro de cabeças vazias 
Um perigo constante para a humanidade 
A violência de se estar perdido 
Em meio a grande multidão que trilha 
Os becos escuros da ignorância 
Todos aqueles que não estudaram as provas 
Que estão nos campos de concentração. 

Todas as escolas no caminho são miragens? 
Algumas podem ser apenas obstáculos 
Esfinges envelhecidas de olhares sorrateiros 
Ou apenas abrigar os arautos da ignorância 
O que não tem muita importância 
São aqueles tantos de palavras erradas 
E os de vozes quietas que estão escondidos. 

Pode ser que algum dia ainda aconteça 
De os amaldiçoados brilharem como estrelas da manhã 
Que raios despedacem os cérebros impassíveis 
Daqueles que mantém longas e longas conversas 
Com sua longínquas sombras perdidas no tempo 
Dementes demoníacos solitários em sua solidão 
Escondidos nas páginas desoladas dos livros perdidos. 

Existe um deserto nas costas do poeta 
Que percorre caminhos cheios de simbolismos 
Que percorre labirintos oníricos que jamais acordam 
E nunca se cansa de ter esperança 
Como se não bastasse a solidão do mundo inteiro 
É preciso viver junto as fontes rotas de sabedoria 
Que os tolos insistem em continuar com os olhos fechados. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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