sábado, 24 de agosto de 2024

O homem de barro

Quando se perde uma coisa importante 
A voz da perda paira nos ares do esquecimento 
Nuvens silenciosas voam lentamente na memória 
E trovões ecoam nos corações humanos 
Revelam sempre a angústia do que não conseguimos manter 
Porque os mortais sempre insistem nos erros 
Sem perceberem que se arrependerão. 

É terrível quando não se sabe exatamente 
Até onde vai o limite da imaginação 
E permitem que os pensamentos voem sem destino 
Que percorram caminhos nunca imaginados 
Sem saberem que talvez nunca voltem de lá 
E que a criação pode ser apenas uma paranoia 
Um mundo selvagem e cheio de incógnitas. 

 Apenas um minuto é suficiente para mudar tudo 
Um segundo para se moldar o infinito 
E não conhecemos a reação de ninguém 
Não sabemos os significados dos símbolos 
Nem entendemos suficientemente os seus parágrafos 
E tudo isso continua sendo muito confuso 
Paradigmas em um mundo caótico e em ebulição. 

 Eu falo de um grande inconformismo 
Que percorre os corredores secretos de corporações 
Lugares rotos cheio de ratos violentos 
Testemunhando a natureza humana e seus vícios 
Tendo a imagem embaçada do que podemos fazer 
Enquanto ficam entocados em sua fúnebre oca 
O mundo é destruído pela ganância de ambiciosos. 

 Pergunta-se se o homem de barro é eterno 
E as respostas são mais confusas do que imaginamos 
As ruínas da Grécia Antiga são provas vivas 
De que o tempo é capaz de mudar as coisas 
E não se encontra muita coisa dentro dos jazigos 
Nem mesmo as vagas lembranças de dias ruins 
É capaz de responder as perguntas escondidas no tempo. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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