sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Tarde cinzenta

Eu abro meu coração mais uma vez 
Quero apenas falar de amor 
Expressar o sentimento profundo 
O desejo que carrego no coração 
Só em pensar em você. 
 
Eu sei que sempre saio ferido 
Sempre estou sofrendo por algo que sinto 
E poderia muito bem fugir 
Me esconder em qualquer outro lugar 
Que não fosse diante de seus olhos. 
 
Mas, eu não sei bem o que fazer 
Não consigo ficar longe de você 
Não consigo nem mesmo deixar de pensar em você 
No seu encanto e na sua alma singela 
Que invade os meus pensamentos. 
 
Por mais que eu tente 
O impossível não pode existir 
Esquecer a sua beleza e a magia do seu olhar 
Não pode ser possível para mim 
Que só penso na essência do seu amor. 
 
Nem mesmo a tarde cinzenta 
De um dia que promete muita chuva 
Pode ser capaz de me fazer esquecer 
A beleza que exala de seu sorriso 
Todas as vezes que olha para mim. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

História vibrante

 Nos livros se desenha o teu semblante, 
Oh, História, mestra sábia e soberana, 
Que escreve com a tinta mais vibrante 
O fado de uma estrada tão humana. 
 
Nos séculos gravaste luz e sombra, 
Reinos erguidos, mitos e ruínas, 
E o tempo, que teus feitos não assombra, 
Revive tuas glórias e doutrinas. 
 
Das guerras és o eco retumbante, 
Dos sonhos, a centelha que não some, 
Nos passos do presente és vigilante. 
 
Que a pena nunca cesse o teu renome, 
Pois só quem te conhece, triunfante, 
Não deixa que o futuro lhe consome. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Se um dia eu voltar

 Se um dia eu voltar 
E não mas ver os seus olhos 
Seguirei meu caminho 
Sem sentir a sua tristeza. 
Mas, se eles lá estiverem 
Na esperança da volta 
Juro que terei a coragem de fitá-los 
Sem medo de me apaixonar. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Já não sei o que fazer

 Em cada lugar que vou 
Vejo você 
Cada olhar na rua que cruza o meu 
Me faz lembrar o seu 
E eu já não sei o que fazer 
Para te esquecer. 
Não que seja isso que desejo 
Mas é isso que preciso 
Para não ficar louco 
Perdido com esse sentimento 
Que não me deixa dormir direito. 
Você é a razão dos meus pensamentos 
O desejo do meu dia a dia 
O sonho que tenho ao anoitecer 
E tudo que o meu coração precisa 
Para se acalmar. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Esperança de amor

Essa que meus olhos contemplam nesse dia, 
A desfilar pela passarela, no corredor, 
Provoca em mim um desejo, uma alegria, 
Que culmina em um anseio, esperança de amor. 
 
Sua beleza ímpar, chama minha atenção, 
É inexplicável sob a luz do luar, 
Um mistério nos olhos que revela o coração 
De uma princesa, presente, aqui neste lugar. 
 
Na singeleza de uma vida a ser desvendada 
De uma alma que precisa ser alcançada 
Vivo um misto de desejo e pavor. 
 
Seus olhos são misteriosos e tenho que saber, 
Para conquistar o seu coração, o que preciso fazer? 
Pois, depois que vi você, anelo pelo seu amor. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 26 de janeiro de 2025

Viajantes e peregrinos

Uma lívida paranoia flutua no ar esses dias 
Figuras desconhecidas perambulam pela cidade 
Um gosto amargo desce pela garganta 
E não temos noção alguma 
Do que pode acontecer 
Todas as coisas parecem estar fora de lugar. 

Quem são os detetives e quem são os ratos? 
Os que vivem escondidos nas sombras 
Perscrutando pelos becos cheios de lixo 
Parecem buscar alguma coisa 
Algo que se perdeu no tempo 
E ninguém consegue enxergar a verdade. 

Nós podemos ser um caminho em movimento 
Uma estrada onde caminha os peregrinos 
Que destoam radicalmente de sua fé 
Pois a fé está dentro da extinção das crenças 
Porque nesse ambiente lúgubre 
O Deus morre se não souber dançar. 

Será que os animais são sozinhos 
Ou apenas os ouvintes de algum tolo que grita? 
Perguntas quase sempre não trazem respostas 
E caminhamos quase sempre na escuridão 
Como viajantes perdidos 
Em territórios inóspitos e cheio de terrores. 

As palavras morrem por elas mesmas 
Sempre que alguém fala uma besteira 
E existe uma violência de se estar perdido 
Correndo o risco iminente do exílio 
Apenas as longas conversas em monólogos 
Não serão suficientes para mudar esse cenário. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 25 de janeiro de 2025

Agradeça

Agradeça o peso das manhãs cinzentas, 
Quando os passos são lentos e o horizonte distante, 
Pois é no fardo das horas difíceis 
Que o espírito se ergue, valente e constante. 

Agradeça o nó na garganta apertado, 
O frio na alma, a dúvida que invade, 
Pois é no confronto com seus próprios medos 
Que floresce em você a verdadeira coragem. 

Agradeça a chuva que molha o caminho, 
Os tropeços que ferem e o chão que cede, 
Pois a força não nasce de estradas lisas, 
Mas no solo quebrado que a alma precede. 

Agradeça o tempo que parece eterno, 
Os dias em que a luz insiste em faltar, 
Pois é no silêncio de uma longa espera 
Que a fé se constrói e aprende a brilhar. 

É no caos do processo que o ouro é moldado, 
Na dor da mudança que a vida renasce. 
Por isso, agradeça os espinhos da estrada: 
É ali que você cresce, é ali que você se faz. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Sua paz vale mais que sua pressa

Respire fundo, abrace o agora, 
O mundo gira, mas você não precisa ir embora. 
Há força no silêncio, há poder na calma, 
Ouça o ritmo sereno que embala sua alma. 

A pressa, traiçoeira, rouba o momento, 
Semeia confusão, alimenta e causa tormento. 
Mas a paz, serena, floresce no peito, 
Transforma o caminho, faz tudo perfeito. 

Inspire profundo, o ar traz alento, 
Expire devagar, alivie o seu lamento. 
Não corra à frente do tempo que passa, 
A vida se desenrola com sua própria graça. 

Cada passo com sabedoria é um ato de amor, 
Um presente a si mesmo, um encontro interior. 
Lembre-se, sempre, ao fim do dia: 
Sua paz vale mais que qualquer correria. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Lugar seguro

Tão distante de tudo 
Onde não podemos enxergar 
E tão perto de mim 
No fundo do meu coração 
O sentimento puro e verdadeiro 
De um amor que vi em seu olhar 
E eu tentando não me enganar 
Sem saber se posso contigo viver 
Porque o amor vi nascer 
Na beleza do seu sorriso 
E você sorri 
Como se o mundo lhe pertencesse 
E eu com meus medos secretos 
Imaginando o que pode ser 
Ou acontecer 
Caso eu não tenha você. 

O meu coração é um lugar seguro 
Onde você pode encostar 
E descansar 
Dos dias terríveis que passou 
Onde o sentimento não foi verdadeiro 
E você sofreu muito. 

Em mim há todos os sonhos do mundo 
Um sentimento singelo e singular 
Que só entrego para você 
Porque tens o amor no olhar 
E a beleza no sorriso 
Mais perfeito que um dia pude ver. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Mantenha o ritmo

Não é o vento forte que leva ao destino, 
Mas o sopro constante, calmo e fino. 
Não é a pressa que molda o amanhã, 
É o passo firme de quem nunca se engana. 
 
Velocidade seduz, mas logo estamos cansado 
Um brilho breve que logo está acabado. 
Consistência é o segredo do caminhar, 
Um dia após o outro, sem desanimar. 
 
A chuva que escava a rocha dura 
Não cai em torrente, mas com ternura. 
Assim também o sucesso se constrói: 
Com cada esforço, que nada destrói. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Tolo

Tolo é aquele que acha que já sabe tudo 
Que não para para aprender 
Que fala mais do que tudo 
E não aprecia o silêncio das manhãs 
Que trata todos como se fossem inferiores 
E não deixa ninguém expor outras ideias 
Porque acha que sabe mais do que todo mundo 
E caminha entre nós 
Com sua altivez e sua arrogância 
E não enxerga nada na frente do seu nariz 
Que está sempre olhando com olhar superior 
Porque acredita que o mundo lhe pertence 
E eles estão entre nós 
Um grande número de idiotas
Que conseguem alcançar altos postos de poder 
E controlam a economia do mundo
E outros inúmeros idiotas os seguem
Que só pensam em si mesmos
 E que pretendem destruir toda paz 
Toda esperança será por eles destruida 
Porque essa é a verdadeira missão de um tolo 
Acabar com tudo que existe no mundo 
E o tolo é conhecido por seu discurso. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Imperceptível

 Um olhar 
Um sorriso 
Um gesto. 
Tudo muito rápido, 
Imperceptível. 
Foi algo sublime 
Que deu-me renovo 
Encheu minha alma 
E me fez sorrir. 
Esse amor que vem de ti 
Transcende a alma. 
Esse é um amor que transcende o tempo 
Que o espaço não consegue conter. 
Que não consigo explicar 
Que só preciso viver. 
Eu olho para você 
Fixo-me no teu olhar 
E o desejo que tenho 
É de sempre te amar! 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 19 de janeiro de 2025

O peso do adeus

Há um fardo em viver sem despedida, 
Um nó que aperta o peito e não desfaz. 
A saudade é o eco de uma vida 
Que se perde entre sombras, nunca mais. 

Nos olhos, um adeus que não se explica, 
Na boca, a palavra que se cala. 
A dor, tão insistente, se multiplica, 
E em silêncio, o tempo nos embala. 

Quem não aprende a arte de partir 
Carrega as distâncias como cruz. 
O passado é um sol a se extinguir, 

Mas deixa no crepúsculo sua luz. 
E assim seguimos, presos ao que queremos, 
Temendo o fim, guardando o que sofremos. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 18 de janeiro de 2025

Estranhas divagações

Insidiosa maneira de ver o mundo 
Na íris dos olhos arrancados 
E nos escalpos carregados nos ombros 
Tal como faziam os antigos 
Vendedores de alhos gritando pelas ruas 
Os andarilhos do tempo 
Ecoam suas maldições nas redes sociais. 

O amaldiçoado rei não tem pai 
Nem mãe para perturbar os seus filhos 
São as escórias de uma sociedade em ruínas 
E respiram o mesmo ar que nós 
Poluindo as narinas dos que tentam 
Sobreviver em meio ao caos 
Sem perceberem a fatalidade horizontal. 

O que expresso aqui é uma ode ao destino 
Um diálogo comigo mesmo 
Para dissipar as estranhas divagações 
Que me ocorrem invariavelmente 
Todas as vezes que vejo esses ultrajes 
A derrocada do tempo 
Nada mais é do que o desespero humano. 

Me falaram que viram perambular 
Fantasmas pelos becos desérticos 
De lugares insalubres que não se pisam 
Sem correrem o risco terrível da morte 
Mas mesmo assim eles insistem 
Percorrerem as casas abandonas no tempo 
Na esperança de renascimento. 

Desculpe-me a sinceridade do pensamento 
Mas é preciso ir além do óbvio 
Do que é filtrado pela sociedade 
Para manipulação da maioria absoluta 
Que perambulam como ovelhas doutrinadas 
A seguirem um ritual esdrúxulo 
 Que contamina as mentes dos ingênuos. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Peões de um jogo calculado

Há uma sombra que paira sobre a mente, 
Um véu pesado, opaco, insistente. 
O mundo geme, ferido e doente, 
Enquanto o povo, viciado, segue dependente. 

O sistema é um labirinto bem fechado, 
Onde o saber é domado, sufocado. 
As verdades são moldadas, adulteradas, 
Para que todos sigam, cegos, as mesmas estradas. 

Somos peões de um jogo calculado, 
Adestrados para o ciclo repetido e programado. 
As telas brilham, hipnotizam o olhar, 
E nos prendem, sem espaço para questionar. 

Cadeias invisíveis nos envolvem, 
Promessas de progresso que nos devolvem 
Ao mesmo ponto de partida: a ilusão 
De que há liberdade em cada decisão. 

O mundo grita em dores abafadas, 
Rios poluídos, florestas cortadas. 
Mas o sistema ensina a não sentir, 
A consumir, e nunca, nunca refletir. 

Somos escravos de uma fome inventada, 
Que cresce no vazio de uma alma calada. 
Queremos mais, sem saber o que falta, 
E o coração, vazio, de novo exalta. 

Oh, sistema que ignora e nos faz ignorantes, 
Nos prende ao presente, apaga o antes. 
Mas talvez, um dia, a luz venha brilhar, 
E o povo, enfim, comece a despertar. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Falta de caráter

É absurdo o que se vê 
A exploração dos recursos naturais 
O fim da ordem natural 
O descaso com a natureza 
E a exploração do ser humano 
Nas fábricas 
Nas ruas 
Nos becos escuros das grandes cidades 
A falta de caráter 
A falta de compaixão humana 
Com os pobres e necessitados 
Com os inocentes e perdidos 
Nas suas necessidades 
De volta a escravidão do século XXI 
Que nos faz ver 
Diante de nossos olhos 
A pobreza de espírito que temos 
A humanidade que nos falta 
A falta de ética 
E a corrupção da sociedade 
Que caminha para o seu próprio caos. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Acerto de contas

Vez ou outra é possível ouvir 
Gritos de horror 
Eles ecoam dos pensamentos 
Atravessam o limbo existencial 
E rompem com o silêncio 
Incomodam os poderosos 
Porque são os gritos dos injustiçados 
De pobres inocentes 
Roubados em sua inocência 
Por quem só pensa em si mesmos 
Sem perceberem que um dia 
Haverá um acerto de contas 
Uma cobrança dos feitos 
Daqueles que só souberam roubar 
O silêncio dos inocentes 
Porque esses gritos são ouvidos 
De alguma forma são ouvidos 
Por alguém que fará justiça. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Direção oposta

Agora só resta partir 
Vida minha destroçada 
Confesso que sem você posso não dormir 
E que sonhos terríveis 
Podem me atormentar 
Mas sigo na direção oposta 
Onde não me embriagarei com seus olhos. 

É complicado renegar os pecados 
Os desejos que provocam o meu ser 
A imaginação que seduz 
Onde vejo os seus detalhes tão singelos 
É complicado recordar o passado 
Onde você estava toda sedutora 
E ver um futuro sombrio 
Onde não sinto o calor do seu corpo. 

Mas eu gosto de pensar 
Que tudo não passa de uma ilusão 
Que logo acordarei desse pesadelo 
E você estará sorrindo 
Entre os raios de sol 
Que entram pela janela do quarto. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Além do horizonte

Nefasto o dia das tormentas 
Em que afastas o rancor de sua alma 
E gritas no auge da loucura 
Clamando o absurdo dos deuses 
Que não se ocupas de ti. 

Por onde andas teus pensamentos 
Que não se acomodas em ti? 
Não se podes ter uma noite de paz 
Se a alma está inquieta demais 
Como se o fim fosse antes do amanhecer. 

Eu não posso calar-te o grito 
Que ecoas do fundo da alma 
Se não sei ao certo a sua dor 
E como se espelha a sua fragilidade 
Apenas posso esperar que acordes. 

O mundo pode parecer muito hostil 
Quando não se sabe bem o caminho 
Mas não pode impedir sua viagem 
Porque o tempo não espera por ninguém 
E não podes parar para descansar. 

Erga os seus olhos para o alto 
E tente ver além do horizonte 
A visão pode te ajudar na travessia 
Em direção ao seu nobre objetivo 
Porque assim é a jornada da vida. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 11 de janeiro de 2025

Difícil disfarçar

É um faz de contas que acontece 
Um sentimento que não se pode explicar 
Apenas sentir 
No mais profundo do coração. 
Ao te ver devo disfarçar 
Mudar o olhar para outra direção 
Para não correr o risco de revelar 
O que tenho no meu coração 
Que só deseja você. 
Um sentimento profundo 
Um desejo sem tamanho 
Uma vontade louca de ter você 
De abraçá-la em meus braços 
E beijar-te com volúpia. 
Não! Não! Não!
Não posso deixar que saiba disso 
De forma nenhuma 
Devo entregar-te o meu coração 
Sabe se lá o que poderia fazer com ele. 
Mas, posso confessar-te 
Que é difícil disfarçar esse sentimento 
Todas as vezes que a vejo 
Todas as vezes que a sinto perto de mim 
Tenho o desejo louco 
De tê-la em meus braços para sempre. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Nunca mais verá o meu sorriso

Houve um tempo em que meu sorriso era espontâneo. 
Existia em mim uma felicidade 
Que fazia meu coração pulsar 
E eu nunca imaginava a saudade. 
 
Nunca mais verá o meu sorriso. 
O coração que ofereceu a ti o amor 
Já não tem a coragem de te encarar 
E carrega consigo imensa dor. 
 
O meu semblante estará sempre fechado. 
Como um pesadelo terrível na noite 
Despertei-me do sonho cruel 
E aceitei em mim o açoite. 
 
Sua alegria que se foi com o tempo me fazia sorrir. 
Já não existe aqui aquela flor 
Do jardim encantado na primavera 
Pois secaram na claridade desse calor. 
 
Nunca mais verá o meu sorriso. 
Mesmo que voltes da sua ausência 
Meus passos seguirão o pôr do sol 
Para tentar acalmar minha carência. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Amor de verão

 Na tarde quente, o sol lindo de verão, 
E os céus cantavam cores em fulgor. 
Dois olhos se encontraram, sem razão, 
E o tempo se curvou ao seu calor. 
 
Um brilho fez silêncio em derredor, 
E o vento, cúmplice da emoção, 
Sussurrou leve um tímido rumor, 
Trazendo o cheiro doce da estação. 
 
Sem palavras, as almas se entenderam, 
Num pacto feito apenas de sentir; 
Dois mundos, antes sós, enfim se uniram. 
 
Assim nasceu, sob o verão, por fim, 
O amor que faz todo dia reluzir 
E dá à vida um brilho mais claro assim. 
 
 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Não desisto do amor

Mesmo nas horas incertas da vida 
Quando pensamos em desistir de tudo 
Onde a solidão bate à porta 
Mostrando suas garras cruéis 
Eu não desisto desse amor. 
Não desisto porque vejo em seu olhar 
Um brilho que me faz acreditar 
Que vale a pena crer nesse grande amor. 
E eu acredito nisso do fundo do meu coração 
Acredito porque vejo em seu sorriso, 
Nas horas em que está feliz, 
Que o amor pode nos levar as alturas. 
Acredito porque o seu coração é puro 
Porque suas palavras me conforta 
E sua companhia me faz tão bem. 
Eu amo você na simplicidade de seu dormir. 
Quando a vejo de olhos fechados 
Imagino seus sonhos. 
Seus cabelos envoltos nos lençóis 
Me transporta para um mundo mágico 
Onde conheci o seu encanto. 
Vale a pena crer nesse grande amor 
Que você deposita todas as vezes que cuida de mim. 
No carinho de suas mãos a acariciar meus cabelos 
Quando quero dormir. 
Dificuldades existem na vida de todas as pessoas 
Mas, o amor ajuda a superá-las 
A contorná-las 
Como faz o rio ao encontrar uma montanha. 
Que assim seja o nosso amor. 
Eu acredito na força dele, 
Acredito no que o meu coração me diz 
Que você é a flor que encanta o meu jardim. 
Por tudo isso 
Eu abro meu coração mais uma vez diante de ti 
E, como um atalaia a gritar do alto da montanha, 
Eu brado com as forças do meu pulmão: 
Vale a pena crer nesse grande amor. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Leitor(a)

No silêncio da página que espera, 
Um universo inteiro se revela. 
Ao toque do olhar, a vida desperta, 
E cada palavra, uma chama, uma vela. 

Oh, leitor(a), que navega sem mar, 
Sem velas, sem vento, apenas a mente, 
Transporta-se ao longe, ao mais profundo lugar, 
E vive mil vidas num só presente. 

Tens em mãos a chave do saber, 
A porta que abre o eterno mistério. 
Cada livro, um amigo a oferecer, 
Segredos do mundo, do real ao etéreo. 

És pintor de cenários não vistos, 
Explorador de terras de sonho e espanto. 
Dás voz a heróis, formas aos mitos, 
E colhes nos versos o mais puro encanto. 

No dia que é teu, rendemos-te honras, 
Guardião silencioso, do tempo, da história. 
És o elo que mantém nossas memórias, 
E leva a palavra ao cume da glória. 

Leitor(a), celebra tua jornada infinita, 
Pois em cada página há luz que palpita. 
O saber te engrandece, te faz voar, 
E em ti, o mundo jamais há de parar. 

Obs. Homenagem ao dia do leitor(a) 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Ter e não ter

O coração não tem o direito de sentir 
O som amargo da ilusão. 
Dissipadas como as nuvens pelo vento 
As tristezas da ausência se foi... 
Mas, como um sussurro silencioso 
A dúvida da paixão se instalou 
No sentimento do que você viveu. 
Não sei se amo ou se odeio 
A sensação de ter e não ter. 
Nos meus braços você se esbalda 
Mas onde está seu coração? 
Seus olhos tão silenciosos aprenderam a esconder 
A sua alma arredia. 
Nada do que foi será 
Tudo novo acontece e eu perco a razão. 
Me rendo ao calor dos seus braços 
E a sutileza de seu sorriso. 
A certeza de ter você 
É apenas mais uma incógnita 
Que carrego no coração surrado pela dor. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 5 de janeiro de 2025

Abraço o vento que me guia

Eu pretendo levar a vida, 
Deixar que o vento da aurora, 
Sopre e leve as dores já vividas, 
Com as lembranças de outrora. 

Pois chorando, 
Se esvai a essência dos dias, 
E o tempo, impiedoso, 
Leva as cores das alegrias. 

Eu vi a mocidade perdida, 
Num lamento que ecoava no vazio, 
Mas renasci ao perceber 
Que há luz até no desafio. 

A sorrir, ergo o rosto ao sol, 
Abraço o vento que me guia, 
Pois cada lágrima caída, qual farol, 
É terra fértil para a alegria. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense