quinta-feira, 11 de março de 2021

A beleza pura do amor estava em seus olhos


Viu as borboletas voarem entre as flores naquela manhã 
Era primavera e podia se ver o azul do céu tão bonito 
Como os olhos cintilantes daquela que ocupava seus pensamentos 
E não o deixava dançar com o vento. 
Ela bailava como as folhas que caiam das árvores e eram levadas ao léu 
Pela brisa da manhã silenciosa. 
Ouvia-se o cantar dos pássaros e podia sentir as batidas do coração 
Afinal, era tanto sentimento que não podia guardar só para si. 
Olhou outra vez para aqueles lindos olhos 
Que mistério há neste lugar? 
Indagava-se a si mesmo sem notar o sorriso de leve em seu rosto. 
Só desejava poder estar ao lado dela naquele momento 
Em que sua alma tanto anelava por carinho. 
Sabia que não poderia prendê-la 
Não se prendem os sonhos e a imaginação 
E não se sabe os pensamentos do coração 
Quando ele é um território desconhecido. 
Vislumbrou a dança surreal de seu bailado sobre as nuvens 
E poderia viver para sempre aquele sentimento 
Não desejava nunca ter deixado ela sair de perto de si. 
A viu deitando de leve na relva e olhando para as borboletas 
Os cabelos cacheados espalhados pelo chão 
Os sonhos voando as alturas 
Os desejos expostos em seus olhos tão sedutores. 
Parecia tão despreocupada como se o mundo a pertencesse 
E deixava transparecer a alegria do seu coração. 
A beleza pura do amor estava em seus olhos 
Os misteriosos olhos daquela que roubara seu coração 
E tomava conta de todo seu pensamento. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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