sexta-feira, 26 de março de 2021

As pedras entre os espinhos

Era uma viagem que teria que ser feita 
Caminhos não trilhados pelos seus pés 
Um horizonte que reservava belezas 
E surpresas 
Como as borboletas coloridas 
Na manhã de primavera 
E os pássaros nas árvores 
Tocadas pelo vento. 
 
Não ousava pensar em desistir 
Queria mesmo era insistir 
Na busca pela liberdade tão sonhada 
De um amor que já havia quase esquecido 
Se não fora as lembranças daquele olhar 
Que sempre mexia com seu coração. 
 
Falava sempre as escondidas 
E sentia o pulsar de seu próprio coração 
Que palpitava Sempre que lembrava 
De seu sorriso tão singelo. 
 
Não conseguia ver as pequenas flores 
Nem as pedras entre os espinhos 
Mas, via em seus pensamentos, 
A imagem tão real 
Daquela que não podia esquecer. 
 
E o caminho tornou-se solitário 
As nuvens aparecia no azul-celeste 
Dando-lhe a sensação do infinito 
Nas lembranças daquele rosto bonito 
Que povoavam seu sentimento. 
 
Uma viagem sem fim 
Em direção ao coração 
É sempre uma aventura inexplicável. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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