Tentou matar as palavras
Queria mesmo sepultá-las no mais profundo que pudesse
Rasgar as folhas e soltá-las pelo vento
Afogá-las em suas lágrimas
Riscar do mapa toda e qualquer lembrança
Simplesmente que elas não mais existissem...
Triste solidão deste ser humano
Será que não sabe que as palavras são imortais?
Não se pode matar as palavras
Elas existem antes mesmo de existirem
Na imaginação de quem escreve
E elas permanecem para sempre
Em folhas amarelas
Rasgadas pelo tempo
Rabiscadas
E lá estão as palavras
Que tentaram assassinar pela fúria da desilusão...
Não se pode matar as palavras
Que agora formam esta mensagem poética
Que atravessa o tempo
Descortina a imensidão
E vai parar direto no seu coração.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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