As crianças abandonadas pelo Estado;
Nas ruas estão os sem tetos
Cujo sonhos não são realizados;
O tormento da vida em sonhos alheios
Do tempo que são esmagados;
Pessoas podem até rir da situação
Mas não vemos nada disso engraçado.
A vida solitária da viúva
Segue a dança do velório do Estado;
O lixo é jogado nas ruas
Nas sarjetas estão os drogados;
Nada se faz na urgência desenfreada
Para ajudar os pobres abandonados;
Tudo que pensam é no lucro
Mesmo que para tê-lo faça errado.
O vírus da corrupção se espalha
Pelos corredores do poder do Estado;
Cada um busca o seu próprio interesse
Com os pobres ninguém está preocupado;
O que importa mesmo é ganhar dinheiro
Nem que seja nas costas dos desempregados;
Porque na sociedade capitalista
Tudo segue sendo sem escrúpulos manipulado.
Até quando haverá esse lamento
Onde o que se vê é o povo sendo explorado;
O povo pela mídia sendo ludibriado
Tendo que engolir inverdades porque é obrigado;
Enquanto nos gabinetes colarinhos brancos
Seguem tendo seus gados sendo engordados;
E as pessoas que deveriam ter uma vida justa
Estão sendo escravos institucionalizados.
Nada disso que vivemos na sociedade
É algo que soa engraçado;
Estamos fadados aos caprichos de gente
Que não liga a mínima para o Estado;
Só pensam em seus próprios interesses
E nem mesmo olham para o outro lado;
Porque a forma da conduta pública
É a atitude do pensamento programado.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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