quarta-feira, 27 de julho de 2022

Escravos Institucionalizados

As vidas dos órfãos são desprezadas 
As crianças abandonadas pelo Estado; 
Nas ruas estão os sem tetos 
Cujo sonhos não são realizados; 
O tormento da vida em sonhos alheios 
Do tempo que são esmagados; 
Pessoas podem até rir da situação 
Mas não vemos nada disso engraçado. 
 
A vida solitária da viúva 
Segue a dança do velório do Estado; 
O lixo é jogado nas ruas 
Nas sarjetas estão os drogados; 
Nada se faz na urgência desenfreada 
Para ajudar os pobres abandonados; 
Tudo que pensam é no lucro 
Mesmo que para tê-lo faça errado. 
 
O vírus da corrupção se espalha 
Pelos corredores do poder do Estado; 
Cada um busca o seu próprio interesse 
Com os pobres ninguém está preocupado; 
O que importa mesmo é ganhar dinheiro 
Nem que seja nas costas dos desempregados; 
Porque na sociedade capitalista 
Tudo segue sendo sem escrúpulos manipulado. 
 
Até quando haverá esse lamento 
Onde o que se vê é o povo sendo explorado; 
O povo pela mídia sendo ludibriado 
Tendo que engolir inverdades porque é obrigado; 
Enquanto nos gabinetes colarinhos brancos 
Seguem tendo seus gados sendo engordados; 
E as pessoas que deveriam ter uma vida justa 
Estão sendo escravos institucionalizados. 
 
Nada disso que vivemos na sociedade 
É algo que soa engraçado; 
Estamos fadados aos caprichos de gente 
Que não liga a mínima para o Estado; 
Só pensam em seus próprios interesses 
E nem mesmo olham para o outro lado; 
Porque a forma da conduta pública 
É a atitude do pensamento programado. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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