O pensamento perpassa a alma em frangalhos
No peito arde a dor terrível da saudade;
O sentimento mais profundo do coração
Apagado desde que perdeu sua liberdade.
A morte é só pedra do esquecimento
E com o tempo se foi a lembrança;
Se tudo foi desfeito na eternidade
Não terei nunca mais a esperança.
Eu não tenho nunca mais o destino
Nem a esperança de ver esse olhar
Que se transformou em desatino;
A morte da esperança só veio apagar
O que seria o sentimento genuíno
Que no coração fiquei sempre a desejar.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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