Estendo a minha mão na esperança de alcançar a tua,
Na penumbra do meu quarto, anseio pelo brilho da lua,
A iluminar os sonhos onde tua pele possa tocar a minha.
No vasto mar dos pensamentos, teu rosto emerge,
Ainda que em sonhos, a tua pele toque a minha,
E o sussurro do vento lembra-me a tua cantiga,
Que ecoa no meu ser, uma saudosa melodia antiga.
No coração, trago segredos que apenas tu decifras,
Tu sabes que sonho contigo, em danças e cifras,
Onde cada passo e nota, revela o nosso sentimento,
E em cada encontro, o tempo pare por algum momento.
Dormindo, sonho sempre contigo, em terras distantes,
Onde a realidade e fantasia, não são tão amantes,
Mas ao despertar, o sol traz a verdade a me dizer,
Acordado só penso em você, e tudo volta a doer.
Mas mesmo na dor da distância, a esperança não finda,
Pois em cada sonho que tenho, a realidade é triste ainda,
Por agora, nos sonhos, a tua mão ainda aperto,
Na esperança que um dia, nosso amor possa dar certo.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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