sábado, 9 de setembro de 2023

A invenção do inútil

No vasto universo do criar, 
Onde o útil vem reinar, 
Nasceu um pensamento estranho: 
Inventar o inútil, sem tamanho. 
No canto escuro da mente, ele floresceu, 
Onde a lógica não se perdeu, 
Mas escolheu não se manifestar, 
E a imaginação, deixou voar. 

Oh invenção do inútil, que bela és tu! 
Não serves para o trabalho ou o estudo, 
Mas trazes sorrisos, e uma risada ou duas, 
Num mundo onde tudo tem sua utilidade crua. 
O inútil, muitas vezes, é o mais belo, 
Pois está livre do peso do zelo, 
Não carrega a obrigação de ser, 
Apenas existe, sem ter que fazer. 

Como uma pluma que flutua no ar, 
Sem destino, sem lugar para pousar, 
A invenção do inútil nos faz lembrar, 
Que nem tudo na vida é sobre utilidade alcançar. 
Pois há magia no absurdo, no sem propósito viver, 
E na invenção do inútil, podemos nos perder, 
Mas também nos encontrar, 
E nossa criatividade sem fim celebrar. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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